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O jogo do Norte.
Em Lisboa, dá-se a designação de jogo do norte, ao combate contra vários adversários.
Na primeira parte deste video, o CCRJC dá-nos uma excelente demonstração de várias dessas situações de combate, praticadas não em situação real que seria impossível sem acidentes, mas sob pressão, dada pelos vários adversários que seguram a vara como alvo e que pressionam, aproximando-se e afastando-se.
Assim, criam-se pressões reais sobre quem pratica/está no meio, que se vê forçado a reagir ao ambiente hostil e em constante mudança que o rodeia.
O lutador em inferioridade numérica, não segue uma formula fixa, utiliza sim uma série de ataques simples, mas rápidos e fortes, sob os quais tem um grande domínio, para manter os adversários à distância. Pois os mais bravos teriam dificuldade em se aproximar dele, sabendo que teriam que se pôr de baixo destes golpes.
Estes dois elementos são essenciais para esta situação de combate, sem a capacidade de reagir dinamicamente, em todas as direcções, às pressões que o rodeiam, o lutador, por mais forte que seja o seu ataque, seria eventualmente apanhado de surpresa num ângulo a que não tivesse atento. Por outro lado, se o seu ataque fosse fraco, acabaria por ser “esmagado” pelos seus adversários que não sentiriam necessidade de se afastar.
Para se adquirir estes movimentos, pode e deve-se praticar de forma mais sintetizada e sequênciada, segundo uma ordem definida, sem todo o caos que parece haver nesta demonstração, porém, este tipo de prática mais dinâmica, foi o que permitiu manter o jogo do pau vivo como sistema de combate, não preservando apenas os movimentos, mas também a atitude e concentração necessárias a uma situação de combate tão complicada como é a de se estar em inferioridade numérica, desenvolvendo assim, nos praticantes, competências e aptidões que de outra forma não seriam desenvolvidos nem preservados.