A 17 de Julho Loison tem ordens de Junot para aniquilar a insurreição do Norte, dirigindo-se para o Porto. Leva 2.600 homens, boa cavalaria e 27 carros de bagagem e armamento. Chega a 20 a Lamego que se rende, segue para a Régua, onde instala uma guarnição e em seguida para Mesão Frio, onde entra com 8 peças de artilharia. Quer continuar para Amarante, chega aos Padrões da Teixeira e enfrenta tropas desordenadas de Francisco da Silveira: os voluntários do seu cunhado, Gaspar Teixeira e milícias de Vila Real, a guerrilha de Ascanho e voluntários de Miranda, Guimarães e outras milícias com os seus fidalgos. A retaguarda de Loison é investida com estratégias de guerrilha e vai confrontando emboscadas a sul de Padronelo, por vezes efectuadas por paisanos armados de paus, como o grupo de homens de Canelas. Destroem peças de artilharia, roubam e inutilizam a pólvora, bagagens e carruagens, matando o ajudante de Loison, que confundem com ele. O objectivo é desorganizar o exército francês impedir que Loison chegue ao Porto, o que conseguem. Loison regressa à Régua e pelo caminho até Almeida incendeia e mata quanto aparece. (…)
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Maria do Carmo Serén – “Carisma e realidade do General Francisco da Silveira Um militar de carreira em momento de viragem” Revista da Faculdade de Letras, HISTÓRIA, Porto, III Série, vol. 10- 2009, pp. 91-102