Bravo – era era homem gôrdo,
Altivo, muito insolente;
Com todo o mundo gritava,
Arrotando de valente.
Manso era baixo e magro,
Humilde bem comportado;
Cordato sempre com todos,
De todos era estimado.
Ambos visinhos moravam,
E Bravo a todo o momento
Levava a implicar com Manso,
Que o soffria paxorrento!…
Um dia que a paciencia
De Manso foi esgotada,
Pegou este n’um cacete
Deu lhe muita bordoada!!
Trocaram se logo as scenas
Ante o justo desaggravo!..
O Bravo então ficou Manso
E o Manso tornou-se Bravo!!!
-José Antonio Frederico da Silva – 1837