A pena como varapau

Um dos reflexos da tradição do combate a varapau no nosso país é a de que muitas vezes na literatura ou em artigos de jornal ou revista se faz referência à tradição o jogo do pau como metáfora a conflitos, violentos, mas de natureza verbal.

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Essas primeiras horas da República em Lisboa, recordam-nas os bons republicanos, ainda hoje, com um vago deslumbramento de quem folheia uma epopeia de amor, de abnegação e heroísmo. Na antecâmara do ministério da Guerra, conversavam e abraçavam-se, sorrindo homens graduados da república que andam por aí, ao cabo de dez meses, na feira do parlamento e do jornalismo, jogando uns aos outros as mais tremendas e certeiras bordoadas de varapau ferrado. Porque começaram logo os descontentamentos? Será verdade que uma Revolução, para ser esplendidamente fecunda e harmoniosa, precisa de ser bem regada com sangue e não pode, por desgraça, nascer, como a nossa, entre sorrisos de idílio, de perdão e de paz, para vencidos e vencedores?
-“Vida Política” Câmara Reys, fasc. 1º, 12/08/1911


Sarmento abandona os seus livros e, bom vimaranense, maneja a pena a favor da sua terra como se brandisse, temerosamente, o varapau minhoto.
Revista de Guimarães, Volume 37


Das rudezas de linguagem de Sampaio são muitos os episódios, no Paço e fora dele. Sendo, porém, costume dizer-se ter Alves Martins usado um marmeleiro como argumento convincente, melhor poderá afirmar-se ter Sampaio empregado idêntica arma combativa.
-“Livres das féras” Augusto Forjaz, 1915

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