Apesar de uma arma de ultimo recurso devido à óbvia vantagem das armas de fogo, o varapau o chuço e a foice (roçadora) eram as armas em maior número nas mãos do povo português.
Quatro valorosos portugueses, desprovidos de armas de fogo e apenas com as suas foices (roçadoras, calcula-se), sacrificaram-se, certamente conscientes da inevitabilidade da sua morte, entrando na boca do dragão, armados com esta rudimentar arma. Porém, não terá sido um acto isolado, como o já citado, general Napier
«Veementes na cólera e estimulados […], precipitam-se das montanhas como homens privados da razão e muitos irrompiam furiosamente pelos batalhões franceses, onde eram mortos.»
“Resultou destes diferentes ataques ser livre a capital do Porto, pôr-se em fugida um General experimentado, que comandava esses chamados valorosos vencedores de Marengo, Austerlitz e Jena, sendo acossados por Paisanas descalços, armados pela maior parte de foices, chuços e paus; vermos seguras de invasão as províncias do Minho e Trás-os-Montes;
(…)
Morreram da nossa parte 4 valorosos homens, perda considerável pelo seu valor, o qual os sacrificou até ir com uma foice no Peso atacar-lhe as fileiras;”
_________________
Minerva Lusitana, n.º 9 , de 21 de Julho de 1808