É curiosa esta época ( séc. XIII / XIV ), pela porfiada luta, travada entre o armamento do cavaleiro e o do peão. Este ultimo não podendo equiparar-se ao primeiro na armadura, já pela escassez de meios, já pela necessidade de conservar a agilidade indispensável para as marchas e para combater a pé, desforrava-se nas armas de arremesso, e ainda mais nas de fuste, as quais nesta época passam por uma verdadeira transformação.
Principia aqui essa longa serie de armas formidáveis nas mãos vigorosas da peonagem rude — armas que tiveram todas a sua esgrima especial, e de cuja eficácia poderá julgar o leitor que tiver, em algumas das nossas feiras ou festas campestres, visto como o guapo valentão sabe varrer o terreno, abrindo caminho com os sarilhos do seu varapau.
“Armaria” – 1885 David Corrazi – Editor.
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