Jogo do pau in Gothenburg

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Picture taken on the first gathering for the practices of Jogo do Pau de Cepaes, October 23rd in Gothenburg.

Among us where representatives from several fighting arts and schools and it was the first among many coming gatherings to keep one of the few existing european martial arts traditions alive.

“…But lets work from the thesis that Mestre Avelino said that night on the parkinglot, or maybe how I understood him when I was drunk as fuckshit:

`The duell only happens when the group has failed its main job, namely to work as a group.`

From this we can read that the true martiality in JdP is that every single Jugador knows how to work in a group FIRST and that the duell, the Contra-jogo, is a last resort.

We can also read from this that every Jugador knows how to handle and recognize impossible odds, and the mercilessness in being completely left alone in the role as Batedor. Because the Picadores will not challenge you one by one and risk themselves, they will stress you as group and force you to move so that you get tired and must give up.

And from that we learn that no man will risk his own life if it is possible to drain his enemy of stamina and then capture or kill him with less effort.

It is a lesson that needs to be learned, that you are doomed without your group.

Therefore this is true when we train:

We are friends. But we are not friends.”

-Jogo do Pau de Cepaes, Nicolas Gallardo
Göteborgs Frifäktargille
Halmstad HFS
Malmö HFS

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Jogo da cruz italiano.

Deixo aqui mais uma nota a revelar a ancestralidade do que chamamos de Jogo do Norte que ainda hoje é praticado por todo o pais, nas cidades e em várias aldeias. Desta vez do século XVII, em Itália, com o Montante, ou Spadone no original, uma espada que era aproximadamente do comprimento de um varapau.

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COMO SE DEVE NUM LUGAR ESPAÇOSO fazer as três cruzes do Montante – Cap. IX

As presentes lições são todas provenientes de ocasiões verdadeiras em que por questões, na sua maioria surgidas a sangue quente, somos levados ao modo de a ter de fazer as três cruzes, para usá-las em situações em que se seja atacado por várias pessoas nas praças ou ruas espaçosas, e para se fazer isto se requer muito juízo, embora acompanhado de resolução e habilidade, como mostrado na Figura anterior.

A primeira cruz divide-se em dois “golpes oblíquos da direita para a esquerda”, que são acompanhados com o pé direito girando o corpo e o montante em rotação, e cada um dos golpes fará o seu próprio movimento, tendo o pé esquerdo firmemente no chão, e o outro, que caminha duas vezes com o “golpe obliquo”, e em seguida firma-se o pé direito e começa-se com o pé esquerdo juntamente com dois “cortes da esquerda para a direita”, e findo os dois golpes recomeça-se como antes, com o pé direito, e passa-se para o flanco direito, executando-se os mesmos dois “cortes da direita para a esquerda”, e findo se firma o pé direito, e o esquerdo para o lado esquerdo, e far-se-ão os dois “cortes da esquerda para a direita” e em seguida se retorna ao lugar onde se começou.

A segunda cruz far-se-á com “três golpes oblíquos da direita para a esquerda”, e com três “cortes da esquerda para a direita”, os “golpes da direita para a esquerda” sendo acompanhados com o pé direito, e os “cortes da esquerda para a direita” com o pé esquerdo, girando-se três vezes o corpo, e com o Montante, mas mantendo-se a sobredita ordem.

A terceira cruz far-se-á com quatro “golpes oblíquos”, e também com “cortes da esquerda para a direita”, com quatro repetições de cada lado, uma para diante, outra para trás, e de igual forma para o lado direito e esquerdo, observando-se a regra que havíamos demonstrado com o já referido discurso.

“Lo Spadone (O Montante)” de Francesco F. Alfieri – 1653 Tradução de Filipe Martins

– Nota: Por uma questão de facilidade, adaptei um pouco o texto, substitui também os termos italianos, pela descrição fornecida no mesmo documento pelo tradutor, no glossário. Creio que assim fique mais legível para quem só joga ao pau e não está dentro dos termos originais. Para um estudo mais aprofundado aconselho o texto original acima ligado.

Jogo da Lança ou Pique

Neste “Methodo de manejar o pique ou lança“ de 1809, o autor descreve a sua técnica ao longo do livro como jogo do lança, ou pique, do mesmo modo como chamamos de “jogo” ao jogo do pau. Sendo que esta utilização é tecnicamente diferente do jogo do pau, quer pela diferença das armas, quer da aplicação, militar e em formação de guerra. No entanto é interessante ver a utilização da expressão “jogo” como manejo de armas, e não como “arremesso” ou “brincadeira/jogo de desporto”, como é utilizada hoje em dia.

Faz também uma referência ao jogo do pau, e em como a lança é superior ao pau:

“Muita gente pelo pouco conhecimento, que tem deste jogo(da lança ou pique), assentará que é o mesmo manejar a lança, ou pique que jogar o pau, por alguma semelhança que lia em algumas posições; porém é tanta a diferença, que pelo uso desta arma nos dará  toda a razão ; e todo aquele que estiver bem certo, e ágil no manejo que temos dito, verá a muita vantagem que tem sobre o Atirador do pau, e quanto este trabalha descoberto.”

Aqui o autor destaca a vantagem de utilizar uma lança, o que faz sentido, pois a ponta de ferro, tornando o varapau mais letal, transforma-o numa arma superior.

A guarda do jogo do pau com a perna da frente dobrada, logo, com o peso na frente, não é uma invenção moderna ou adaptação de artes orientais.

Esta guarda é utilizada desde à séculos em várias formas de esgrima, inclusive na mais moderna esgrima olímpica, e como se pode ver, era também utilizada com vários tipos de armas, de curtas a longas, a uma ou duas mãos. Podendo haver algumas exceções, em algumas artes, ou situações que em o peso é colocado de outra forma, é no entanto a norma, a postura mais comum.