Manilha no Bacalhau Spirit FC – Grand Prix 2012

Momento Surreal:

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Manilha – o varredor de feiras, campeão absoluto do jogo do pau!

MANILHA, o Varredor de Feiras!
Quem? lol Este é o campeão absoluto, nunca derrotado, do jogo do pau a grande arte marcial portuguesa. Um varredor de feiras é um homem que vai de feira em feira para desafiar outros jogadores do pau e assim provar a sua mestria e superioridade. Manilha nunca perdeu. Manilha tem o cinturão mais elevado desta arte, o roxo. Manilha diz que contra uma arte-marcial nacional verdadeira o Koelho simplesmente não tem hipóteses… o Koelho respondeu: “Já tiravas era esse barrete à Quinzinho de Portugal…”

Bacalhau Spirit FC IX – 1ª Eliminatória
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SANDMAN vs. MANILHA
Em pouco tempo, com apenas um golpe de cajado, Manilha consegue virar o kayak de Sandman e desarmá-lo, vencendo sem dificuldades o combate. Mas espera… kayak? Água? E onde raio está o Manilha para estar em pé na água??? Bem, este é um torneio de vale mesmo tudo em que mesmo tudo é possível 🙂 cedo irás descobrir que pouco neste torneio faz sentido. Manilha fica agora à espera de saber quem é o seu adversário na próxima ronda. Será Adamastor ou Toni Canelas? 

Bacalhau Spirit FC IX – Oitavos-de-Final
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 MANILHA vs. TONI CANELAS
O campeão imbatível do jogo do pau contra o ninja das caldas. Um dos combates mais equilibrados do torneio, no qual ambos os lutadores mostraram toda a sua habilidade e destreza. Jogo do pau contra ninjutsu das caldas! Mas apesar de toda a sua qualidade e coragem, Toni, depois de alguns minutos de troca de golpes, é desarmado pelo cajado de Manilha, e colocado numa posição em que é obrigado a desistir. No final do combate ambos se cumprimentam, e Manilha é considerado pelo público não só um lutador habilidoso, mas também com honra. Um adversário digno do Koelho, justo e sem truques, que nos quartos-de-final vai enfrentar o esperto e manhoso Capitão VP. Quem passará às meias-finais…?

* Capitão VP tem derrotado os seus adversários de forma esperta, enganando-os… mas agora tem pela frente Manilha, o habilidoso e honrado campeão do jogo do pau e um dos favoritos do público!

Bacalhau Spirit FC IX – Quartos-de-Final
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CAPITÃO VP vs. MANILHA
Manilha começa por estar a vencer, conseguindo derrubar Capitão VP e preparando-se para desferir o golpe final… mas nesse preciso momento, o esperto representante do projecto Voluntariado Portugal tira um apito do bolso, e assim que apita surge do nada um rebanho de ovelhas. O cajado de pastor de Manilha ganha então vida própria e obriga este a ir atrás do rebanho e a levá-lo a pastar. Mas antes de sair do ringue, Capitão VP atira uma pedra à cabeça de Manilha deixando-o inconsciente e vencendo assim o combate. Mais uma vez Capitão VP vence de forma esperta enganando/neutralizando o adversário, e nem todos estão a achar lá muita piada a isso. Seja como for, ele é o primeiro a chegar às meias-finais. Quem será o seu adversário? Zero-Man ou Orc Killa…? (…)

O Manilha

É de Quintas Neves, o «Manilha», a quem saltam ao caminho três contendores, chefiados pelo seu rival em amores, para o proibir de põr mais os pés na freguesia.

O caminho, apesar de largo, não lhe permitia, contudo, alargar-se num varrimento capaz de formar terreiro onde pudesse desenvolver um jogo largo, sem surpresas prejudiciais. Optou pelo jogo curto, o jogo da quingosto, bem cingido ao corpo, em movimentos de boa cobertura onda a vara era uma barreira móvel.

No primeiro tempo reuniu os adversários numa só frente, ficando desta forma sem preocupações de cobrir a retaguarda; e ao primeiro que se adiantou, bem quadrado no comprimeiro dos paus, traçou-lhe a defesa num falsete de mestre, que o separou desarmado da contenda.

Os dois restantes, um dos quais novato a quem tinha ensinado alguns rudimentos do jogo, perderam a coragem e já só jogavam processando uma defesa hesitante. Mas o «Manilha», a quem não convinha deixar de visitar a localidade porque gostava a valer da namorada, não queria molhar a vara e, como numa das sua aulas no Souto das Carvalheiras, entreteve-se pardatinamente a cansar-lhe os braços e o corpo em movimentos mais largos do jogo da cruz.

Decorrido pouco tempo, os dois adversários a quem, como ao primeiro, não incitava o ciúme estavam encostados a um dos muros laterais, derrotados e já sem forças, quando um largo vira-costas de amplos movimentos circulares, o atacado se aproximou procurando num sarilho, em que era eximio, atordoar os dois antagonistas. Não foi preciso mais: os dois num movimento unanime, hirtos, contra a parede, atiraram aos pés do Afonso os seus varapaus, ficando, de braços cruzados, á espera da reacção do considerado jogador.

Esta não se fez esperar: num salto ligeiro, recuando cerca de dois passos, juntou, num gesto cheio de nobreza, a sua vara à dos dois vencidos, e assistiu, em posição e atitude de calma simpatia, à retirada dos dois, cabisbaixos e curvados….

Festividades ciclicas em Portugal – 1984 – Hernesto Veiga de Oliveira

desenho de Pedro Constantino