Moinho Grupo de Jogo do pau de Bucos, anos 60 – Juvenis.
Windmill drill from Grupo de jogo do pau de Bucos in the 60s, now with kids.
Apontamentos sobre o jogo do pau português. -Traditional Portuguese staff fencing art.
Moinho Grupo de Jogo do pau de Bucos, anos 60 – Juvenis.
Windmill drill from Grupo de jogo do pau de Bucos in the 60s, now with kids.
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Análise ao inicio de forma de combate contra vários adversários no contexto de defesa pessoal com varapau.
Analysis of jogo do pau’s multiple opponents, in the context of self defense with the walking staff.
Sai da frente!
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Alguns momentos da competição de bastão de 2013 divididos por técnicas base utilizadas: Ataques directos e por antecipação, duplas e seguidas, cortes, defesa e contra ataque. A várias partes do corpo, cabeça, mãos pernas etc, com alguns efeitos de câmara lenta.
“Apontamentos Sobre Os Indígenas Selvagens da Nação Coroados dos Matos da Província do Rio Grande do Sul” Pierre F. A . Booth Mabilde
20.10 – USO DO VARAPAU – ARMA PREDILETA
O varapau é geralmente feito com pau de laranjeira do mato, com uma grossura variável e relativa ã força do indivíduo que dele se serve. Em geral tem uma, ou uma e três quartos de polegada, de diâmetro, por seis palmos, mais ou menos, de comprimento. O pau é todo liso e nunca nodoso – como alguém tem pretendido -, nunca feito com arte, sendo o pau sempre da grossura natural, tal qual é encontrado no mato, sendo apenas descascado.
O varapau é a arma predileta dos selvagens para seus combates no mato, pois reconhecem que, em algumas circunstâncias, as flechas propelidas com o arco não produzem tiro tão certo, devido à espessura da vegetação, na qual tocando a flecha, no seu curso, desvia-se muito da direção em que é propelida. Ser vem-se de flechas somente nos lugares campestres: sobre estradas ou caminhos e no campo. Fora disso, é geralmente o varapau de que se servem para brigar em lugares impedidos e, mesmo, nas suas incursões, é quase sempre o varapau que prevalece.
(Nota n.° 10) Embora sendo o varapau a arma predileta dos Coroados, nenhum exercicio fazem, nem nunca fizeram, para adquirir destreza com aquela arma, que só lhes serve para agredir e com a qual não sabem se defender. Servindo-nos de uma expressão trivial, diremos que os coroados, com o varapau nas mãos, só sabem malhar com ele ou, como é costume dizer, dar ‘pancadas de cego”. Tão destros como são em atirar com arco e flecha – o que desde a infância exercitarn -, entendem que o varapau, como arma, não está sujeito a um treino que permitisse utilizá-lo como arma defensiva. Entretanto, embora não sabendo usar o varapau como arma defensiva, acham que, estando com ele armados, ninguém existe capaz de, armado igualmente com um pau, com eles medir-se. Tal é a presunção que asseverarn isso como se fosse verdade incontestável, dando risadas quando se lhes contraria esta opinião que fazem de si mesmos e se surpreendem do atrevimento de alguém que lhes queira provar o contrário.
20.11 – LUTA COM VARAPAUS ENTRE MARINHEIRO PORTUGUÊS E ALGUNS COROADOS
Entre os homens que, de janeiro a julho de 1850, me acompanhavam nas matas, havia um português, Manoel José Pereira, que, durante vinte anos, tinha servido como marinheiro a bordo de um navio de guerra português. Tinha ele uma destreza extraordinária no manejo do pau, além da força muscular de que era dotado.
Ouvindo o intérprete dizer-me que os coroados armados com varapau não temiam pessoa alguma, deu umas risadas e pediu-me licença para dizer ao intérprete que ele queria experimentar se, estando armado com um pau, um daqueles coroados seria capaz de lhe chegar ao corpo com o seu varapau. Anuí ã experiência.
recomendando-lhe toda a prudência para não molestar o coroado que se prestasse para a luta. O intérprete comunicou aos coroados a intenção do marinheiro e logo dois se ofereceram para com ele medir-se, dando-lhe um de seus varapaus.
Colocou-se o marinheiro em guarda e deu ordem para que os dois coroados o atacassem, dando-lhes licença de darem com toda a sua força e em qualquer lugar do corpo, onde bem lhes parecesse melhor dirigir as pancadas. Os coroados, vendo a atitude de pouco caso que o marinheiro parecia fazer deles, olhavam um para o outro e se desfaziam em risos sardõnicos que davam a perceber o seu caráter mau, regozijando-se, de antemão, pelo extermínio do marinheiro, que lhes parecia certo conseguir. Entretanto. esse prazer feroz e ameaçador foi de pouca duração.
(…)marinheiro lhes dirigia a palavra ou passava entre eles, se via, claramente, o olhar inquieto e o respeito que lhe tributavam. Ofereciam-lhe logo pinhão ou outro qualquer fruto que tivessem à mão, coisa que nunca – a não ser comigo – tinham feito para quem quer que fosse que me acompanhasse.