Cena de jogo do pau em teatro de revista – 1937

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Fotografia de uma cena da Abertura da Revista “Chuva de Mulheres”, apresentada pela Companhia Maria das Neves no Eden Teatro em 1937. Em cena 4 homens jogando ao jogo do pau, estando algumas mulheres e homens a assistir. Elas vestem trajes regionais e eles fatos escuros. Alguns estao a tocar instrumentos musicais, tais como guitarra ou acordeon. Como cenário uma paisagem rural.

EN: Foto from a portuguese theatre play with 4 men fighting wih staves in the jogo do pau style.

Link: http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=1079913

A morgadinha de Val-d’Amores

morgadinha
SCENA VII – Frederico,  JOÃO LOPES, e cabos

Joao Lopes – Olhe, se foge, que o snr. vae levar pancada de crear bicho. Estão-se a preparar os valentões.

(Frederico apita rijo. Apparecem de differentes sahidas 6 cabos de policia que escutam Frederico, em quanto se repete a cantilena. Finda a cantilena, ouve-se fóra o rumor da desordem, e o estalido dos varapáos. As cantadeiras fogem alvoraçadas a dar gritos.)

 

SCENA VIII – Frederico, cabos, um desconhecido, e camponios

Frederico (com intimativa bellica) – Formem em linha. Carregar armas!

Um cabo – Estão carregadas.

Frederico – Vamos ser atacados pelos desordeiros. Á voz de fogo, atirem.

(Vê-se atravessar a scena por entre o povo um Desconhecido de chapéo derrubado, o rosto coberto por um lenço, de caraça, polainas e briche nas pernas e pés, com um grosso páo de choupa. Proximos de Frederico os valentões param, com os páos cruzados nas pernas, gingando em attitude ameaçadora. Frederico, não se desvia dos cabos. De repente, rompem de fóra uns poucos varrendo o campo a pauladas.) 

Frederico- Cabos de policia, sentido! Preparar armas!

(Sáe perto da bocca da scena o Desconhecido. Escosta-se ao páo observando os movimentos dos valentões, os quaes vem já avançando, já recuando, crescendo sobre Frederico.)

Frederico (aos cabos) – Aperrar armas!

(Uma paulada faz soltar a clavina das mãos d’um cabo. Os outros fogem. Frederico recúa, apitando rijamente. No maior aperto, o Desconhecido salta para a beira d’elle, descobre a choupa do páo, e arremette com os aggressores. Estes, forçados pela destreza, fogem,logo que o primeiro cáe d’uma paulada. A vozeria cresce no momento em que o palco está despejado. O Desconhecido trava do braço de Frederico, e o traz á bocca da scena.)

Frederico – Quem é o valente homem a quem devo a vida?! quem é?

Morgadinha (arrancando o lenço do rosto) – Sou eu! salvei-te, Frederico!

Frederico – Ó morgadinha de Val-d’Amores! Tu!.. oh! tu!.. Como és ideal e angelica! (Ajoelhando.)

FIM DO SEGUNDO ACTO.

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“A morgadinha de Val-d’Amores” – Camilo Castelo Branco (1871)

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=uSJ1_H2Wct4?feature=oembed&w=500&h=374]

Peça de Teatro “As Lendas de Fafe – uma História de Justiça”
Grupo TT – Teatro de Travassós

“A peça de Teatro “As Lendas de Fafe – uma História de Justiça”, é apresentada esta sexta feira em Guimarães a partir das 21:30, o ciber centro recebe uma história lendária. A peça tem uma hora e um quarto.